domingo, 26 de julho de 2009

A rua dos cataventos - V



Eu nada entendo da questão social.
Eu faço parte dela, simplesmente...
Eu sei apenas do meu próprio mal.
Que não é bem o mal de toda gente.

Nem é deste Planeta... Por sinal
Que o mundo se lhe mostra indiferente!
E o meu Anjo da Guarda, ele somente,
É quem lê os meus versos afinal...

E enquanto o mundo em torno se esbarronda,
Vivo regendo estranhas contradanças
No meu vago País de Trebionza...

Entre os loucos, os Mortos e as Crianças,
É lá que eu canto, numa eterna ronda,
Nossos comuns desejos e esperanças! ...

(Mário Quintana)

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