quinta-feira, 20 de maio de 2010

Anestesia.

Por que me olhas tanto e nada diz?
Por que me atravessas sem ao menos me tocar?
Por que me tocas e não sinto?
Por que tuas palavras me parecem mudas?
Se ves amor, no instante seguinte te faço enchergar frieza.
Se me pedes o eterno, te mostro o repentino fim.
Aproxima-se; me afasto.
Quando te sinto tão perto, desapareço.
Quando te sinto me entender, te faço confusão.
E é assim.
Não me cobre.
Não me faça sentir.
Não tente.
Não diga.
Não entenda.
Não dure.


[T.F]


'... já deu minha hora, e eu não posso ficar...'

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