sexta-feira, 21 de maio de 2010

Confesso que ...


Tenho medo!
Medo de ainda me entregar.
Medo de não conhecer o instante seguinte, medo por não poder criá-lo.
Nunca quis o que está pronto, o que está feito. Sempre quis ecrever minhas próprias linhas, meus próprios instantes seguintes.
Minhas palavras desequilibradas e desastradas, são apenas o luxo do meu silêncio. E só escrevo por profundamente querer falar. Mesmo que escrever esteja apenas aumentando toda a profundidade de meu silêncio.
É tão dificil falar coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso.
Tento me classificar, e isso é tão inutil. Estou num estado estranho, novo, curioso, atraente, e tão impossivel de se decifrar que nem eu, ao menos eu, consigo. Mas é tão pessoal.
Não quero perguntar 'por quê'. Posso passar a vida toda perguntando o porque e continuar sem resposta.
Não encontro resposta para como estou, e quando me pergunto, a resposta é apenas: estou. E quando me intrigo e insisto em perguntar 'mas sou o quê?', a resposta insistente é apenas: sou o quê.
Deformo toda a realidade, e adoro fazer isso.
E não costumo me indagar sobre meus motivos, então, não me questione também.
Me permito acontecer, intuição.
Há muita coisa à dizer que não sei como dizer.
Não tente me explorar, eu não quero, não preciso.

Não ache por mim. Não responda por mim. Não tente advinhar minhas reações, não faça isso.
'Para onde está indo?'. A resposta é: estou indo.

[T.F]


'Se quiserem me internar não deixem, deixem-me exercer a minha loucura em paz...'

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